QUANDO VALE A PENA HOLDING FAMILIAR

Quando vale a pena holding familiar?

Atualmente, a ideia de que um único patriarca família deve sozinho controlar várias empresas já está ultrapassada.

Um dos grandes problemas da situação acima é que quando o patriarca vinha a falecer, o processo de sucessão hereditária era muito exaustivo, demorado e problemático, desgastando os herdeiros.

Por esse grande problema que existem famílias de pessoas jurídicas, onde todos atuam ativamente da ou das empresas, isso se chama Holding Familiar.

Esse modelo administrativa não é complexo e simplifica a vida e os negócios de uma empresa familiar.

Este texto tem por objetivo explicar mais sobre o que é uma holding familiar e quando vale a pena utilizá-lo.

O que é uma holding?

Uma holding é uma sociedade, que tem por finalidade exercer controle sobre uma ou mais empresas, pois ela será a detentora majoritária das ações de suas subsidiárias.

Em outras palavras, ela funciona como uma cabeça e fica responsável por decisões como políticas de empreendimento das empresas e modelo de gestão.

Uma característica de uma holding é isso: Ela é responsável apenas pela parte administrativa, ou seja, não comercializa ou presta serviços.

Outra função dela é a centralização das ações empresariais, ela funciona como uma forma de assegurar a unidade.

Por isso, ela facilita no momento da sucessão e a transferência de empresas, providenciando mais segurança patrimonial.

Para estimular o uso da holding, há muitos benefícios fiscais e condições de crédito mais favoráveis.

O que é uma holding familiar?

Como já fica implícito no nome, a holding familiar é uma sociedade constituída por uma determinada família, onde, os integrantes são pessoa jurídicas.

Estas pessoas jurídicas irão possuir ações e participações diretas no funcionamento da sociedade.

Um exemplo: Supondo que em uma família, alguns membros possuam empresas separadas, para proteger melhor os seus patrimônios, eles decidem unir essas empresas, ligadas por uma sociedade maior que irá exercer controle sobre elas, isso é uma holding.

Esse modelo administrativo não é novidade, no mundo a holding mais famosa é a Walmart, uma gigante do mercado.

Aqui no Brasil a mais famosa é o Grupo Globo, controlada pelos descendentes de Roberto Marinho.

Por que criar uma Holding Familiar?

O principal objetivo é a centralização, especialmente se as empresas dos familiares forem de ramos diferentes.

Como já dito acima, a função da holding é criar uma unidade, para assim facilitar o gerenciamento e proteger o patrimônio familiar.

É bem diferente da situação de um único patriarca ficar responsável por gerir os bens e empresas de uma única família.

Com a sociedade entre os membros, todos terão voz, embora a holding vá criar uma política de investimentos e gastos das empresas.

Uma das grandes vantagens de administrar os bens com um CNPJ, em vez de CPF,  é a não interrupção dos negócios em casos de morte, separação ou conflitos familiares, pois os outros sócios poderão tomar as decisões mesmo que ocorra uma dessas situações.

A sucessão patrimonial, ou seja, passar para os herdeiros o controle do patrimônio, não estará sujeito ao processo de inventário, que é desgastante para a família.

A sucessão estará prevista no contrato da holding, evitando assim que haja conflitos familiares por posses ou controle de bens.

Quantos aos benefícios fiscais, tanto a cabeça (holding), quanto as subsidiárias, poderão ter sua carga tributária reduzida, pois haverá o processo de integralização de bens das pessoas físicas e as participações societárias como capital social da mesma.

Há uma grande vantagem nessa redução, por isso esse modelo administrativo é lucrativo e tão buscado de hoje em dia por famílias de investidores e empresários.

Vale a pena criar uma Holding Familiar?

Essa pergunta vai depender do quão dispostos os membros da família estarão para passar por processos burocráticos, afinal, é a criação de uma nova empresa.

Entretanto, é preciso ver os benefícios que isso trará, pois além de facilitar o gerenciamento da companhia, também irá proteger o patrimônio da pessoa jurídica.

Porém, as holdings familiares só são realmente benéficas para empresas de médio a grande porte, não compensando os custos para as empresas pequenas.

Um dos principais pontos que faz a família buscar a holding, é a solução que ele oferece para problemas sucessórios.

Por isso a recomendação é que esse modelo administrativo seja adotado por famílias que possuem empresas de ramos de atividades diferentes e que possuem muitos bens, do contrário, não há muitas vantagens em adotar a holding.

É importante ressaltar que para a abertura de uma, é preciso que haja entendimento entre os parentes, e que todas as empresas passem uma longa análise de situação financeira antes de aderir ao modelo.